Um dia com três concertos Anozero

José Miguel Pereira, diretor do Jazz Ao Centro Clube, esteve no programa Culturama/RUC a apresentar a programação musical do Anozero. A entrevista, que pode ser ouvida aqui, é conduzida por Teresa Borges.
 
Coclea + Bérangère
 
Recordamos que hoje é um dia Anozero com três concertos: Coclea, às 18h30, nos corredores da RUC; Bérangere Maximin, às 19h30, na Casa das Caldeiras e à noite, a partir das 21h30, no Teatro Académico de Gil Vicente, Tiago Sousa e Slow is Possible.
 
Tiago Sousa + Slow is Possible
 

 

O programa de música vai continuar, e a LUSA antecipou:

“Três artistas juntam-se pela primeira vez para concerto na bienal de Coimbra”

 

O programa musical da bienal de arte contemporânea de Coimbra Anozero junta o alemão Marcus Schmickler, o ex-Pop Dell’Arte Rafael Toral e o percussionista Gustavo Costa, que nunca tocaram juntos, para um concerto de música improvisada.

O programa de música da Anozero conta com 11 concertos na quinta-feira, no sábado e nos dias 13 e 20, apresentando a Coimbra a francesa Bérangère Maximin, o pianista Tiago Sousa, o grupo Slow is Possible, o coletivo Haarvöl e Marçal dos Campos, entre outros.

Os concertos contam com a curadoria do Jazz ao Centro Clube (JACC) e Rádio Universidade de Coimbra (RUC) (quinta-feira e sábado) e do artista plástico e músico Pedro Tudela (dias 13 e 20), que procuraram ter em conta a relação “efémero/perene, criação/destruição”, trazendo artistas “que questionam o seu lugar na produção musical contemporânea”, disse à agência Lusa o presidente do JACC, José Miguel Pereira.

No concerto de sábado, no Salão Brazil, a organização resolveu convidar três artistas “de áreas distintas” e que nunca tocaram juntos para um concerto de música improvisada que será gravado para ser editado futuramente, explanou.

O trio, o alemão Marcus Schmickler, o ex-Pop Dell’Arte Rafael Toral e o percussionista Gustavo Costa vão estar juntos apenas no dia anterior ao concerto, sendo que a fusão dos três músicos “poucas pistas dá” sobre o resultado final.

Com o apoio do Instituto Goethe, o concerto vai unir um artista que trabalha na área da eletrónica e eletroacústica (Schmickler), “um dos grandes dinamizadores da música experimental portuguesa” que recorre a amplificadores modificados (Toral) e um percussionista que constrói instrumentos (Gustavo Costa), referiu José Miguel Pereira.

No primeiro dia de programação musical, a Anozero recebe um concerto do português Coclea no corredor da RUC, uma atuação de Bérangère Maximin na Casa das Caldeiras, e Tiago Sousa e o grupo Slow is Possible vão ao Teatro Académico de Gil Vicente.

A 13 e a 20, já sob a curadoria de Pedro Tudela, houve uma preocupação de levar a Coimbra músicos que também são artistas plásticos.

O Salão Brazil recebe a 13 concertos do violoncelista Ricardo Jacinto, da dupla @c e de Jonathan Uliel Saldanha.

A 20, novamente no Salão Brazil, atuam o coletivo Haarvöl, Marçal dos Campos e Susana Chiocca.

Na primeira edição da bienal, que termina no dia 29, vão estar mais de 40 artistas, entre os quais os portugueses Julião Sarmento, Francisco Tropa, António Olaio ou Rui Chafes, e nomes internacionais como os americanos Matt Mullican e Lawrence Weiner ou a brasileira Adriana Varejão, que dialogam com o edificado da cidade.

O evento conta com obras e exposições em lugares tão distintos como o café Santa Cruz, o Jardim Botânico, o Museu da Ciência, o Museu Nacional Machado de Castro, o Colégio da Graça ou a Biblioteca Joanina.