Notas sobre a construção do tempo / Colectiva
Com uma relação com os significados de património material e imaterial associados ao edifício Sede do CAPC, os trabalhos que dão corpo à exposição estão unidos por uma série de relações em pares: tempo e espaço; construção e destruição; passado e futuro; efemeridade e imperecível.
Dalila Gonçalves, “Backgrounds”, 2015
Jorge Santos, “Flower Ornament” [fotografia de Maria Braga]
Teresa Braula Reis (colaboração com James Lake), 00:04:54, 2014
A primeira edição da Anozero, sob o título Um lance de dados, tem como principal objectivo reflectir sobre a distinção da Universidade de Coimbra, Alta e Rua da Sofia como Património da Humanidade da UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization). Um dos focos centrais desta edição é assim, naturalmente, o notável património de Coimbra, nos seus inúmeros significados e efeitos culturais.
Fundado em 1958, o CAPC testemunhou momentos fulcrais na História da Arte e da Cultura das Artes Visuais em Portugal. Ao longo de mais de 50 anos, tem vindo a desenvolver um papel fundamental de produção, dinamização, divulgação e difusão de correntes estéticas. Este papel tem sido tanto ao nível das suas funções pedagógico-artísticas, como da programação diversificada, com um contributo inegável para a formação e sensibilização de novos públicos para a arte contemporânea em Portugal. Com o seu papel e enquanto testemunho, o edifício Sede do CAPC materializa um património que é imaterial, cristalizando, por um lado, as memórias e raízes do muito que entendemos hoje como arte contemporânea portuguesa e projectando, por outro lado, possibilidades para momentos que estarão para vir.
É precisamente nesta relação entre tempos diferentes que a história de Notas sobre a construção do tempo se desenrola. Os trabalhos de Dalila Gonçalves (1982, Castelo de Paiva), Jorge Santos (1974, Silves) e Teresa Braula Reis (1990, Lisboa) que dão corpo a esta exposição estão unidos por uma série de relações em pares. Em primeiro lugar, o tempo e o espaço; por outro lado, a construção em confronto com a destruição; o diálogo tenso entre o passado e o futuro; e, por último, a oposição entre a efemeridade e o imperecível, traduzida pelo desejo de fixar ou suspender o tempo.
Luísa Santos
Curadora
Ficha Técnica
curadoria curator Luísa Santos
produção production Círculo de Artes Plásticas de Coimbra
montagem assembly Círculo de Artes Plásticas de Coimbra
Curadores
Espaços
Data início
31/10/2015
Data fim
29/11/2015
ter-dom 10h-13h 14h-19h